29 de outubro de 2009

FACE OCULTA ou FASE DE CULTO?


Não pretendemos alimentar ensaios conspiracionistas e populistas (e porque não, demagógicos?) de tentar fazer qualquer tipo de julgamento em praça pública, e menos ainda acusar quem quer que seja com base na exploração dos media...
Todavia, não podemos deixar de "apreciar" com pouca estranheza a coincidente notícia sobre a operação judicial denominada "Face Oculta". E a estranheza ("POUCA"!, repita-se) não se prende com os nomes badalados e arrolados (injustamentente até prova em contrário) de alguns ícones da máquina partidária do PS.
Efectivamente, seja por parte da família Penedos, cujo patriarca desempenhou papeis de relevo no PS, e é um dos mais bem remunerados executivos do País, enquanto presidente de uma Empresa de Capital Público (REN), seja por parte de Armando Vara, a que já nos habituamos a vê-lo arrolado e "enrolado" em episódios menos transparentes, a questão da Operação FACE OCULTA encerra em si 2 importantes questões:
  1. Por um lado, porque se esperou o pós-eleições para a execução das buscas, quando tudo aponta que as investigações estavam à espera do respectivo mandao de busca faz meses?
  2. Quando é que os principais partidos políticos se entendem num pacto de regime (estamos à vontade para o dizer, por maioria de razão), e regule por CRITÉRIOS TÉCNICOS E DE MÉRITO PROFISSIONAL o recrutamento de Executivos nas Empresas de Capital Público?
A miriade, quase promíscua, de relações entre as principais empresas públicas (a que correspondem as maiores do País) e algumas famílias com ligações partidárias ao mais alto nível, embora não encerre em si qualquer condenação em antemão, pode descredibilizar o sistema aos olhos do anónimo cidadão...
Na política não chega "ser", mas é preciso "ser e parecer". É por isso que não se compreende algumas relações que deveriam ser puramente técnicas e de gestão (REN - Família Penedos - PT - GALP - PS - Governo -MIllenium BCP - Armando Vara - CGD - e demais "Penedos" e "Varas" do Sector Empresarial Público...), ainda por cima no dia seguinte a conhecer o novo elenco governativo no aque concerne aos Secretários de Estado...
Por "desligados" que pareçam os temas, serve a nomeação dos Secretários de Estado para provar (se dúvidas restassem!) que os critérios que orientam os decisores governativos (espera-se que não todos), não são critérios obectivos de mérito profissional, técnico ou académico.
E sem mais delongas, mas cumprindo a ilustração de onde pretendemos chegar, vejamos o caso do Ministério da Educação: tínhamos como Secretários de Estado da Ministra Maria de Lurdes, o Dr Valter Lemos e o reconhecido Dr Jorge Pedreira: mantem-se neste Governo como Secretário noutro pelouro, o Dr Valter Lemos, como se o importante fosse o título e não as competências e o conhecimento. Ao invés, o reconhecido Dr Jorge Pedreira, não é reconduzido, ou não terá aceite o desafio, o que se pode compreender...
O que já é de dificil entendimento são os critérios que orientaram a escolha do Dr João Mata no lugar do Dr Jorge Pedreira, uma vez que enquanto Director-Geral do GEPE, ao longo dos últimos 4 anos (4 anos é a FASE DE CULTO nas carreiras públicas) mais não fez do que criar um monte de erros e "embaraços políticos", reconhecidos por ilustres socialistas.
Permitam-nos a indignação!
PSD Gondim

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